Site de compartilhamento sobre o novo Raio Platina, o Raio da Unidade. Ancoramento de uma frequência de luz importante para o processo de ascensão planetária.
Há momentos na vida em que os livros já não bastam, as práticas já não sustentam, e a mente, cansada de procurar, começa a pedir silêncio. A busca externa se esgota – não por falta de respostas, mas porque chega a hora de encontrá-las dentro.
É exatamente nesse ponto que nasce o chamado para um Gurukulam.
O que é um Gurukulam — e por que ele transforma?
Em sânscrito, Gurukulam significa “a casa do mestre”. Na tradição da Índia, discípulos conviviam com o mestre diariamente, não para acumular teorias, mas para serem transformados pela presença, pelo campo de consciência, pela vivência real da espiritualidade.
O aprendizado acontecia não só na palavra, mas no gesto, no silêncio, no servir, no cotidiano.
Essa experiência está acessível no Brasil, sem a necessidade de atravessar o mundo até o Oriente. Ela pulsa aqui, na terra sagrada da Estação Flor do Alto, no coração do Cerrado baiano– de 17/04 a 01/05/2026.
A Estação Flor do Alto: Onde a Terra Ensina o Silêncio
Em São Desidério (BA), a Estação Flor do Alto é um espaço consagrado à consciência, onde a compaixão se faz presente como atmosfera viva. Ali, espiritualidade, educação e sustentabilidade se entrelaçam, criando um campo em que a natureza ensina e o silêncio se torna uma linguagem que desperta.
A força do Cerrado, o Rio Grande, o horizonte aberto e a simplicidade orgânica da terra compõem um campo que favorece presença, rendição e verdade.
A estrutura mantém esse espírito:
hospedagem em área de camping (o participante deve levar sua barraca ou alugar conosco — valores sob consulta)
sanitários simples
fogão à lenha
redário
espaços de prática ao ar livre, imersos na natureza
Nada ali é supérfluo. Nada ali falta. É um lugar que devolve o ser à sua própria essência.
Quem conduz a jornada: Saulo Nardelli (e convidados)
Saulo Nardelli é um mestre espiritual contemporâneo que vem guiando buscadores sinceros para uma vida mais viva, presente e alinhada.
Sua presença não ensina apenas conceitos – ela reorganiza. Ela toca onde a mente não alcança.
Além de Saulo, teremos convidados conduzindo atividades específicas, enriquecendo a jornada com saberes complementares, práticas integrativas e perspectivas que ampliam a experiência do Gurukulam.
Por que participar de um Gurukulam?
Porque há transformações que você não consegue fazer sozinho.
Porque certos padrões, por mais que você tente, continuam se repetindo.
Porque chega um momento em que o coração implora por direção – não técnica.
integrar corpo, mente e energia em um ritmo sagrado
experimentar espiritualidade viva e presente
reencontrar propósito, direção e verdade
É voltar à simplicidade, ao essencial e ao real.
🕉 O que você vive na prática
A rotina integra:
• Satsangs, Darshans e estudos com o mestre
A palavra que desperta e sustenta.
• Yoga e meditação matinal
Preparando corpo e energia para o dia.
• Seva
Servir à comunidade, à terra, ao espaço – como caminho de humildade e dissolução do ego.
• Alimentação consciente
Refeições preparadas com amor, com alimentos da própria terra, servidas em silêncio.
• Silêncios profundos
Para ouvir aquilo que só o silêncio revela.
• Banhos de natureza
Rio, terra, vento e céu como aliados da cura.
• Atividades conduzidas por convidados
Práticas integrativas, vivências energéticas e exercícios de expansão da consciência.
• Comunidade viva
Até 50 participantes, em convivência real e ritmo de ashram. Crianças são bem-vindas – até 12 anos não pagam.
• A Revelação do Sannyas: Um Rito de Passagem Sagrado
Ao longo da imersão, haverá também a cerimônia de revelação do nome espiritual (Sannyas) para aqueles que ainda não o receberam – um ritual tradicional dos Ashrams, realizado na presença do mestre e que simboliza o início de um novo ciclo interno. É um rito de passagem que sela a jornada interior com verdade, propósito e compromisso consigo mesma(o).
✧ Depoimentos que ecoam a experiência
“Senti uma imensa gratidão pelo chamado e por cada gesto de acolhimento do Saulo… a presença dele ensina mesmo quando não diz nada. A Flor parece uma bolha de paz, um campo vivo de compaixão. Algo em mim se reorganizou ali.” — Christielle, BA
“Sou grata ao meu mestre, Saulo. Ele me tirou de uma vida de ilusão, colocou meus pés no chão e me ensinou a caminhar. Me fez olhar para mim, confiar em mim e seguir – mesmo quando o caminho parecia escuro.” — Imma, SP
“Estou aprendendo a lidar com a minha arrogância e a servir de forma desinteressada. Recomendo essa jornada a quem sente o chamado – ela transforma a forma de caminhar.” — Alexandre, MG
“Voltei para minha vida, mas não voltei a mesma. Era como se a Flor do Alto continuasse dentro de mim.” — Prawahi, SP
Investimento para a Jornada
A experiência completa do Gurukulam na terra sagrada da Estação Flor do Alto – incluindo hospedagem em área de camping estruturada, três refeições diárias, translado coletivo Barreiras → Flor do Alto (ida e volta), todas as práticas com Saulo e convidados e equipe de suporte disponível durante os 15 dias – tem valor de:
R$ 3.900,00
E pode ser parcelado no cartão pelo link oficial ou organizado diretamente com nossa equipe pelo WhatsApp.
Reflexões de um Darshan realizado em: 04 de dezembro de 2024 (Saulo Nardelli fala sobre esses temas desde 2017, e neste encontro a mensagem ecoa com ainda mais clareza.)
Vivemos um tempo em que a espiritualidade está por toda parte, livros, cursos, vídeos, frases de efeito. Nunca se falou tanto sobre “expansão da consciência”. Mas, paradoxalmente, também nunca estivemos tão dispersos, no excesso de informações e promessas, muitos buscam atalhos, esperando soluções rápidas para dores profundas.
E você? Já se perguntou se está realmente caminhando, ou apenas consumindo espiritualidade?
Foi diante desse cenário que, no dia 04 de dezembro de 2024, o Guruji Saulo Nardelli recebeu o professor e estudioso Eneias para um Darshan singular. Mais do que uma conversa, foi uma convocação: um chamado para que cada pessoa, inclusive você que agora lê estas palavras, assuma a sua parte no despertar coletivo.
Em tempos de excesso de informação espiritual e de “atalhos” sedutores, este Darshan devolveu o eixo: o coletivo só se transforma quando cada indivíduo assume o seu lugar na mandala, sem vitimização, sem glamourizações, sem terceirizar a própria evolução. A conversa atravessou resistências coletivas, ilusões comuns no caminho e ofereceu um norte prático: autorresponsabilidade, aceitação e amor como bases da verdadeira elevação.
Eneias: “Há resistências históricas e inteligentes à expansão da luz, por isso processos iniciáticos nunca foram massificados.”
Em um mundo marcado por crises, divisões e pelo excesso de informações que nos afastam do essencial, falar sobre “elevação da consciência coletiva” pode soar grandioso, quase inalcançável. Mas, e se a chave dessa transformação não estivesse em grandes eventos cósmicos ou movimentos de massa, e sim no papel silencioso e profundo de um único indivíduo?
Foi sobre isso que Saulo Nardelli e Eneias refletiram neste Darshan, trazendo à tona um tema urgente: o papel do ser individual no despertar global.
A pergunta que norteia essa reflexão parece simples, mas tem o poder de virar a chave da nossa prática espiritual: Como um único ser humano pode contribuir para a elevação da consciência de toda a humanidade?
Talvez essa pergunta também seja a sua, e no fundo, você também se questione: o que eu faço, no meu silêncio, tem realmente impacto?
Muitos acreditam que a transformação virá de movimentos massivos ou de intervenções externas. O Guruji lembrou, porém, aquilo que os Vedas também afirmam: o universo inteiro repousa no coração desperto de um único ser. O despertar global não começa nas massas; ele começa dentro de você.
O despertar coletivo, portanto, não é um movimento de multidões, mas uma virada silenciosa que nasce no íntimo. É aí que surge a primeira grande contradição do caminho: se tudo começa em um só, como pode esse pequeno ponto de consciência tocar o todo? É nesse ponto que se revela o primeiro grande aprendizado do encontro: o paradoxo do despertar global.
O paradoxo do despertar global
Logo no início do Darshan, surgiu a questão que parecia simples, mas carregava toda a profundidade da noite: como um único ser poderia influenciar toda a humanidade?
Talvez essa também seja a sua dúvida. Afinal, em meio a bilhões de pessoas, que diferença pode fazer a sua escolha de silenciar por cinco minutos, de servir alguém sem esperar nada em troca, de cultivar amor em meio ao caos?
Eneias trouxe a clareza da história: “a humanidade sempre viveu a tensão entre luz e sombra. O despertar nunca foi um processo linear, muito menos coletivo em massa. Cada passo da consciência sempre dependeu de indivíduos que ousaram encarnar a luz em suas próprias vidas.”
O Guruji completou com a força da experiência: “a transformação nunca começa em multidões anônimas, mas no coração de um só. Um ser desperto irradia consciência que toca muitos, ainda que nem perceba. É nesse ponto que o paradoxo se dissolve: o impossível se torna vivo quando o ego se rende.“
“Daqui, nada se leva; daqui, se eleva.”
À primeira vista, parece impossível que um único ser humano altere a consciência de bilhões. Mas a vida espiritual é feita de paradoxos. Quanto mais a consciência se expande, menos busca reconhecimento. Quanto mais luz se manifesta, menos necessidade há de dizer: “fui eu”. Não há fazedor separado, apenas a Consciência Única se expressando através de muitos.
O que ilumina não é a performance espiritual, mas a estabilidade interior. Não são os aplausos que medem a influência real, mas a qualidade da presença. Grandes mestres, de Buda a Chico Xavier, nunca ocuparam tronos nem títulos. Estiveram entre as pessoas, servindo, vivendo no cotidiano. E, se você olhar para dentro com sinceridade, talvez perceba que também já confundiu influência espiritual com visibilidade, ou que em algum momento seu ego desejou reconhecimento. Esse é o convite do paradoxo: compreender que a luz se expande não quando o eu se afirma, mas quando se rende ao todo.
A verdadeira elevação começa quando descemos da montanha e nos tornamos apenas um ponto de luz em uma vasta mandala.
O papel do indivíduo
Se o paradoxo já nos mostrou que um único ser pode irradiar luz para milhões, a questão seguinte é inevitável: qual é, então, o verdadeiro papel do indivíduo nesse despertar coletivo?
O Guruji foi direto: “O papel do ser individual no despertar global? Apenas ser. Não ter função individual. Quanto mais consciência você tem, menor a importância do seu ‘eu’ separado, porque não há fazedor algum.”
Estamos acostumados a pensar em grandes feitos. Talvez você mesmo já tenha se cobrado: “preciso fazer mais”, “preciso ter um papel maior”. Mas, na espiritualidade, o maior serviço não é “fazer”, é ser Presença Viva.
Eneias, como estudioso, trouxe exemplos da história: “Buda não fundou um império, Francisco de Assis não construiu uma estrutura de poder. Ambos transformaram o mundo pela autenticidade de suas vidas. Não foram títulos ou tronos que moveram multidões, mas a coerência silenciosa de sua presença.”
O Guruji completou e explicou que essa é a lógica da mandala: todos os pontos já estão conectados. Quando você firma sua consciência, não precisa se preocupar em alcançar multidões. Naturalmente, o seu raio de alcance se ilumina.
Pense em algo simples: quando você escolhe não reagir com raiva, mesmo tendo motivo; quando oferece escuta a alguém em sofrimento; quando silencia em vez de alimentar fofocas, nesse instante, você já está elevando o coletivo. A mandala sente o seu gesto, mesmo que ninguém perceba.
Saulo Nardelli: “Não é a performance espiritual que sustenta o todo, mas a presença silenciosa que se rende à Consciência. Quanto menos necessidade de provar, mais o ser se torna canal.”
No fundo, você talvez já tenha sentido isso: a força de estar perto de alguém que não precisa se impor, mas cuja presença basta para acalmar e inspirar. Esse é o papel do indivíduo desperto: ser canal, e não protagonista. A prática é simples e exigente ao mesmo tempo: mais silêncio, menos autopromoção; mais disponibilidade, menos pressa. E, se olhar bem para dentro, talvez perceba que já existe em você essa centelha. Não espere torná-la “grande” para começar. Ser canal já é o suficiente.
Mas o caminho não se limita ao íntimo. Se por um lado a mandala interior já está conectada e basta que cada ponto firme a sua luz, por outro, existem forças externas que sempre tentaram obscurecer esse brilho. Toda história espiritual mostra que, quando a luz começa a se expandir, inevitavelmente surgem resistências.
Eneias lembrou que, ao longo dos séculos, toda expansão da luz enfrentou resistências organizadas. Textos sagrados de diferentes tradições, Bíblia, Alcorão, Torá, Vedas, descrevem inteligências que operam para impedir a ascensão espiritual. Essas forças não se revelam apenas no invisível: elas também se materializam em estruturas políticas, econômicas e sociais moldadas para manter a humanidade ocupada apenas com a sobrevivência, sem tempo nem energia para cultivar virtudes mais elevadas.
Segundo ele, a purificação planetária, com a remoção dessas forças trevosas, é condição para que operações espirituais de grande escala sejam possíveis. Mas até lá, a responsabilidade continua sendo de cada um.
O Guruji trouxe uma chave:
Saulo Nardelli: “Essa resistência não é inimiga, mas parte da purificação coletiva. Reconhecê-la é maturidade; usá-la como desculpa é fuga.”
Purificação não é sobre perfeição, mas sobre simplificação. Não se trata de viver segundo regras rígidas, mas de retirar o excesso: intenções turvas, hábitos que drenam energia, ambientes pesados, conversas que adoecem o coração.
Saulo Nardelli: “Purificação não é sobre se tornar perfeito, mas sobre abrir espaço. Enquanto não limpamos o que pesa dentro e fora de nós, a luz não encontra passagem.”
Talvez você já tenha sentido isso na prática: quando organiza sua casa, o ar parece mais leve; quando limpa sua rotina de distrações, sobra espaço para silêncio; quando escolhe não se alimentar de notícias tóxicas, sua mente respira. Esses pequenos gestos são formas de purificação que abrem passagem para a luz. Assim como não se enche um cálice já tomado por impurezas, a consciência não pode se expandir em meio à desordem. O primeiro serviço espiritual é esvaziar, criar clareza, preparar o campo. Purificação é condição para que o despertar seja real e duradouro. Sem ela, qualquer elevação vira performance; com ela, a elevação se torna estado de ser.
As ilusões do caminho: romantização e operação do erro
Se as resistências externas desafiam a expansão da luz, e a purificação abre espaço para o real, ainda resta lidar com um inimigo mais sutil: as ilusões espirituais que seduzem o buscador.
O Guruji alertou que há uma romantização perigosa em torno da ideia de despertar coletivo. Muitos esperam uma intervenção cósmica, uma operação invisível que resolverá, de fora para dentro, todos os problemas da humanidade. Mas essa espera, ainda que embalada em linguagem espiritual, é apenas fuga.
“O único milagre é: trabalhe seu trabalho. A saída não é espetacular, mas consistente: pensamento reto, sentimento reto, ação reta.”
Eneias lembrou que, ao longo da história, as tradições espirituais sempre denunciaram essa tentação da fuga. O apocalipse das escrituras, os ciclos descritos nos Vedas, as advertências dos místicos, todos apontam para o mesmo: não há atalhos. É preciso atravessar o presente com lucidez, e não esperar que alguém ou algo venha nos carregar.
O Guruji nomeou essa armadilha como “operação do erro”: um movimento coletivo de autoengano, no qual se acredita em soluções mágicas para dilemas que só podem ser resolvidos com trabalho interior.
E você, já se percebeu esperando que algo externo resolva o que é seu? Talvez na esperança de um “sinal” que mude sua vida, de um mestre que traga respostas prontas, ou de uma intervenção divina que apague dores sem que seja preciso atravessá-las. Esse é o erro: terceirizar o caminho que só pode ser percorrido por você.
Saulo Nardelli: “A única porta de saída do sofrimento é a aceitação. Somente com aceitação aprendemos a viver em graça. E viver em graça eleva o padrão vibracional a um ponto em que já não há identificação com as circunstâncias.”
Não se trata de negar que operações espirituais possam existir, mas de reconhecer que nada substitui o compromisso pessoal com a autorresponsabilidade. O Guruji lembrou ainda que a Era Dourada já começou. Ela não é um evento futuro, nem um espetáculo a ser aguardado. É uma realidade que já coexiste com outras eras. A pergunta é: de que lado dessa sobreposição você escolhe viver?
Assim, tanto a romantização quanto a operação do erro revelam o mesmo risco: ficar estagnado, esperando soluções prontas em vez de assumir a própria cota de despertar. O perigo não está apenas em ser enganado, mas em se enganar.
A autorresponsabilidade como chave
Depois de atravessar o paradoxo, compreender o papel do indivíduo, reconhecer resistências e desfazer ilusões, o Darshan chegou ao seu ponto mais decisivo: a autorresponsabilidade. O Guruji lembrou que toda mudança começa aqui. Culpa paralisa; responsabilidade move. Enquanto a culpa mantém o olhar preso ao passado, a responsabilidade abre o presente como espaço de criação.
Saulo Nardelli: “Depende de mim. Do meu posicionamento. Da minha inclinação para o bem. Da minha escolha de me tornar uma alma justa e mansa.”
Talvez você tenha acreditado que a elevação espiritual fosse um movimento grandioso, reservado a poucos. Mas o chamado é mais simples e, por isso mesmo, mais exigente. Cada pensamento, cada palavra, cada gesto é um voto que você deposita na mandala da vida. Eneias reforçou que esse sempre foi o motor dos verdadeiros despertares: não esperar pelas massas, mas assumir o seu lugar.
Eneias: “Toda tradição sagrada aponta para isso: a vitória da luz nunca é massificada, mas sempre enraizada no coração de cada buscador que diz sim à sua tarefa.”
Autorresponsabilidade não significa carregar o peso do mundo nos ombros. Significa compreender que a luz que você expande em si mesmo já ilumina o todo. Um silêncio em vez de uma discussão, uma escuta em vez de um julgamento, um gesto de amor em vez da indiferença. São escolhas pequenas, mas nelas repousa a grandeza do despertar.
Saulo Nardelli: “Uma chama acende outra chama, e nada pode apagar o fogo de quem escolhe despertar, todas as escrituras convergem para a mesma verdade: o amor é a resposta para todas as perguntas.“
Viver em aceitação é viver em graça, um estado em que as circunstâncias já não definem quem você é. E aqui está o convite que atravessou todo o Darshan: o despertar global não começa lá fora, começa exatamente no ponto central da sua consciência. Não se trata de “um dia fazer parte” de algo maior. Você já é parte. Da sua luz e da sua sombra. Do que eleva e do que limita.
Assumir isso é libertador.
E agora, diante desse chamado, só resta uma pergunta: o que você vai fazer com a chama que já arde em você?
A elevação da consciência coletiva não é um evento externo, mas um reflexo inevitável de indivíduos que despertam para o seu papel no todo. Se você deseja um planeta mais justo e luminoso, comece onde tudo começa: dentro de si.
Esperar que o mundo mude antes de mudar a si mesmo é perpetuar a estagnação. A elevação coletiva não é um ideal distante, mas um efeito inevitável de indivíduos que vivem com presença, amor e responsabilidade.
“Tudo o que você espera no outro começa em você.”
E, por fim, o chamado mais simples e mais exigente: você está esperando que a transformação venha de fora, ou vai assumir hoje a responsabilidade de ser um ponto de luz no todo?
Síntese para guardar
Elevar é descer: humildade antes da visão.
Influência ≠ visibilidade: presença transforma mais do que discurso.
Purificar para subir: sem faxina, não há voo.
Sem atalhos: aceitação e amor como caminho.
Eu já sou parte: luz e sombra são de minha responsabilidade.
Mandala viva: um passo seu acende outros passos.
Prática cotidiana: pensamento, sentimento e ação retos.
🔗 E para aprofundar ainda mais a compreesão assista ao Darshan completo no YouTube:
📖 Um convite ao buscador
Cada palavra proferida em um Darshan ou Satsang é mais do que conhecimento: é um chamado à transformação. Para que não se torne apenas “mais um conteúdo consumido”, convidamos você a fazer de cada encontro um exercício vivo de autodesenvolvimento:
Leia ou escute em estado de presença. Mais do que entender com a mente, permita-se sentir o que toca o coração.
Crie pausas conscientes. Depois de cada leitura ou fala, feche os olhos por alguns minutos: o que em mim foi despertado agora?
Volte ao conteúdo com atenção. Releia ou reassista com marcações, destacando trechos sobre autorresponsabilidade, purificação e amor.
Transforme em prática. Escreva 2 ou 3 microdecisões aplicáveis no seu cotidiano. A mudança nasce de pequenos gestos.
Partilhe. Converse com alguém da Sangha ou com uma pessoa próxima, traga pontos de reflexão, ampliar a visão fortalece o aprendizado.
Revisite. Retorne após alguns dias. O mesmo discurso revela novos sentidos conforme você amadurece.
📝 O caminho espiritual se fortalece na prática pessoal, mas floresce ainda mais no coletivo. Faça parte de um grupo sério de estudos, faça contato e saiba mais: (11) 99737-2840 ou clique aqui.
Vivemos um tempo em que muitos ainda esperam que o despertar venha de fora. Como se a transformação fosse algo que se instala magicamente, ou que depende de uma figura externa, de um método específico, de um momento ideal. Mas e se o verdadeiro ponto de virada estiver dentro? E se o voo mais alto só puder acontecer quando assumimos a responsabilidade radical por nossa própria jornada?
Há um momento na jornada em que já não cabe esperar. Não se trata mais de buscar fórmulas prontas, nem de sustentar máscaras cuidadosamente construídas. Algo dentro de nós sabe: o que nos trouxe até aqui já não serve para continuar. E é exatamente nesse limiar que o verdadeiro despertar acontece. Não como um rompante místico, mas como um chamado silencioso, firme, claro, inevitável. Neste artigo, inspirado no discurso “O Discurso da Águia”, conduzido por Saulo Nardelli em outubro de 2020, mergulhamos em um chamado profundo: a coragem de ser aquilo que já somos, sem máscaras, sem muletas, sem adiamentos.
A águia que habita em nós está pronta para alçar voo. Resta saber: estamos prontos para assumir esse céu?
O fim do ruído: o que resta quando o barulho cessa?
Quantas vezes nos pegamos tentando sustentar uma versão de nós mesmos que já não faz sentido? Como uma geladeira velha que faz barulho incessante, gastando energia, insistimos em manter ativa uma identidade que, no fundo, nos esgota. Essa imagem desconcertante da geladeira velha que vibra, incessante, dia e noite, representa o personagem que insistimos em sustentar, mesmo quando ele já não nos serve mais. Faz barulho, consome energia, nos desconecta do silêncio interior. O ponto é que esse ruído não é real, é alimentado por medo, repetição e apego.
A meditação silenciosa expõe isso com clareza: quando cessa o ruído, o que sobra? O Ser. Mas a transição entre uma vida movida por ruídos e uma vida guiada pela presença exige algo essencial: autoridade interior. Mas só quem tem autoridade pode comandar, ninguém tem mais autoridade sobre você do que você mesmo.
Saulo lembra: ninguém pode comandar sua vida por você. E se você ainda espera por alguém que o desperte, está se enganando. Sentar-se em postura de escuta é reconhecer: o mestre não está fora, está no centro do seu próprio peito.
Importante ressaltar que assumir o comando não é controlar, é assumir a Presença, é se colocar na posição de receber sem autoengano, sem distração. É reconhecer que, se algo precisa mudar, é de dentro que esse impulso deve partir.
A visão da águia e o arquétipo do desperto
A águia, símbolo desse discurso, não é apenas majestosa ela representa a visão desperta. Ela tem algo essencial: visão. Seus olhos estão voltados para frente, como os de todos os animais de caça, diferente dos que têm os olhos nas laterais, como o veado ou a vaca, que precisam ver o perigo ao redor, mas não enxergam o que está diretamente diante de si. Assim somos quando não assumimos nossa autorresponsabilidade: vivemos na defensiva, com medo, reagindo aos outros, guiados pelo que vem de fora.
A águia nos mostra um outro modo de existir: presença, foco e direção. Ela não voa por impulso, mas por clareza. Ser águia é assumir a responsabilidade pelo próprio voo, pela própria visão, pelo próprio despertar. É escolher observar com atenção, discernir com sabedoria e agir com consciência. Quem vive apenas na lógica da sobrevivência não enxerga o essencial. Reage, repete, se protege. Olha para os lados, mas não vê o que está à frente, permanece preso aos ruídos externos e refém dos movimentos dos outros. O voo da águia rompe esse ciclo, ele começa quando você silencia, se alinha e decide olhar para frente com coragem para ver, com maturidade para escolher e com confiança na nitidez da sua própria visão interior.
Essa metáfora nos leva a uma pergunta inevitável: em que momento deixamos de ser a águia, e passamos a viver como presas?
A resposta está no lugar onde colocamos nossa responsabilidade. Quando transferimos nosso despertar ao outro, ao mestre, ao guru, ao terapeuta, ao sistema, nos tornamos espectadores da nossa própria vida. O discurso da águia nos convida a reverter isso, a nos tornarmos autores da nossa experiência.
A pureza da intenção: nem culpa, nem idealização
Talvez você pense: “Mas eu não sou puro o suficiente para esse caminho.” E aí está um grande equívoco, e uma das passagens mais potentes do discurso é quando Saulo desconstrói a ideia comum de pureza. A pureza de que se fala aqui não é a idealizada pelo moralismo, mas a autenticidade da intenção, a águia caça, rasga, devora, e nem por isso deixa de ser sagrada. Seu papel é claro, sua presença é plena, porque tudo nela está em coerência com seu propósito. A pureza não é ausência de erro, é presença de intenção clara.
Da mesma forma, nada do que você fez, faz ou deixou de fazer o torna impuro, indigno que define sua dignidade espiritual. O que realmente importa é o intento com que você age, decide, silencia, fala. É essa coerência que transforma a vida comum em vida sagrada. O convite da vida é para florescer, mesmo que você esteja no asfalto. Basta uma gota de água, basta uma escolha verdadeira.
O corpo como portal da consciência
Neste ponto, o discurso mergulha em uma dimensão mais palpavel, o corpo como solo do espírito. Quando nos colocamos em postura de entrega, algo começa a se reorganizar, o despertar não é apenas sutil ou filosófico; ele precisa se enraizar na matéria, atravessar a respiração, refletir-se na disciplina com que nos alimentamos, pensamos, sentimos e escolhemos, exige presença real, não apenas intenção.
Trata-se de um compromisso com a inteireza: física, emocional, energética e espiritual. As mãos vibram, sinal de que estamos prontos para curar e servir. Os pés se firmam no chão, ancorando nossa presença no aqui e agora. A coluna se ergue, revelando mais do que postura: revela dignidade espiritual.
Tudo em nós participa do despertar. Se negligenciamos o corpo, se nos alimentamos de pressa e ruído, se ignoramos as emoções ou banalizamos nossos pequenos gestos, estamos, mesmo sem perceber, dizendo ao universo: “ainda não estou pronto”. É como pedir asas, mas manter os ombros curvados. É por isso que Saulo propõe, e vivenciamos na Sangha, um caminho que sustenta o Ser em 4 pilares inseparáveis: o físico, o mental, o social e o espiritual. São como as quatro asas do mesmo voo, sem um deles, a jornada se desequilibra, com eles integrados, o voo se torna pleno, enraizado e verdadeiro.
A boa notícia é que o despertar não exige perfeição, apenas disponibilidade. Coragem para abrir espaço, cuidado para sustentar, humildade para recomeçar, e confiança para deixar o corpo, a mente, os vínculos e a alma se tornarem instrumentos conscientes da luz.
Outro ponto vital: é que a purificação mencionada por Saulo não tem a ver com ser “bonzinho”, ela não exige penitência, nem se baseia em culpa, é um compromisso com a verdade. E, muitas vezes, a verdade é desconfortável. A águia, novamente, nos ensina: ela é bela, mas também é feroz. Seu papel no ecossistema é devorar, é caçar — e nada disso a desonra. Assim também você: o que importa não é parecer espiritual, mas agir com verdade, com presença, com clareza. Você está se purificando quando para de fugir de si. Quando começa a se nutrir com o que sustenta seu Ser. Quando diz “sim” à sua grandeza e “não” ao que te mantém pequeno.
O voo final: presença, comunhão e destino
Ao final do discurso, Saulo descreve uma mesa onde todos estão sentados e cada um com seu pão, sua travessia, sua fome. A metáfora da ceia nos relembra: ninguém está acima ou abaixo. Todos somos convidados à mesa da vida. A diferença está em quem escolhe realmente se alimentar.
A águia voa só, mas não está isolada. Ela é símbolo da comunhão com o céu, com a Terra, com o propósito. Ela age em nome de algo maior, sem perder sua identidade. E é isso que o discurso nos convida a viver: a integração entre liberdade e responsabilidade, entre silêncio e ação, entre devoção e autonomia.
Que tipo de visão você tem cultivado?
Você tem olhado para frente, com nitidez e coragem? Ou ainda vive com os olhos nas laterais, movido pelo medo, pela comparação, pela expectativa do outro? O voo está disponível. O céu está aberto. Mas só voa quem reconhece que já tem asas, e quem decide, com coragem, usá-las.
Você é o caminho. Você é o voo. Você é o céu.
Se algo em você pressente que chegou a hora de alçar voo, vá além da leitura. Este texto é apenas a borda da montanha. O vento real, aquele que toca as penas invisíveis da alma, está no encontro vivo com a palavra que pulsa. O discurso completo, conduzido por Saulo Nardelli, não é apenas uma fala. É um chamado, uma travessia, um espelho para quem já pressente as próprias asas.
🎥 Assista ao discurso completo
Para aprofundar-se nesse ensinamento, assista ao vídeo completo aqui:.
“A alma que não se abre ao novo, não é por falta de oportunidade, é por excesso de controle.” Saulo Nardelli
Nem toda semente floresce. Mas nenhuma floresce sem um solo que a acolha.
Vivemos tempos de aridez emocional e escassez espiritual, em meio à abundância de estímulos, perdemos o contato com a verdadeira essência, onde a mente foi colocada no centro da existência. Fomos treinados para resolver, executar, conquistar. Nossas emoções foram empurradas para o canto, nossa sensibilidade virou distração. E a alma… muitas vezes esquecida. Mas é nela, nesse espaço silencioso que carrega o mistério da vida, que mora a verdadeira fecundidade.
A maioria das pessoas querem clareza, cura, realização, prosperidade, sentido. Mas poucas se perguntam se têm espaço real dentro de si para que tudo isso aconteça, porque não basta plantar boas intenções. Toda semente precisa de um terreno preparado, e, na vida espiritual, esse solo é o seu estado interior.
Essa reflexão nasceu de uma fala viva de Saulo Nardelli, o discurso foi realizado ainda em 2021, e traz um convite simples e profundo: tornar-se fértil. Não se trata de fazer mais, correr atrás ou conquistar algo. É sobre criar espaço dentro de si para que a vida possa florescer. Permitir que o essencial venha à tona, sem controlar, sem fugir, sem fechar o coração por medo ou rigidez. Ser fértil é estar disponível, por inteiro, para que o divino possa se manifestar em você, através de você e ao seu redor. É confiar na vida e deixar que ela se mova.
Quando o fazer não basta
Na caminhada espiritual, muitas vezes nos deparamos com momentos em que, apesar de todo esforço, dedicação e fé, certos frutos simplesmente não florescem. Plantamos com intenção, regamos com cuidado, esperamos com esperança e, ainda assim, nada brota. Surge então uma inquietação: será que há algo errado no caminho? Será que falta mais esforço, mais foco, mais disciplina?
Vamos trazer luz a esse dilema: a fecundidade verdadeira não nasce do fazer incessante, mas da qualidade do espaço interior. A vida espiritual não é um processo de produtividade, mas de disponibilidade — e é essa disponibilidade que torna o ser fértil.
“Tornar-se fértil é tornar-se disponível, vulnerável, em profunda aceitação, para que Deus faça morada no seu coração.” Saulo Nardelli
Não se trata de passividade, mas de uma forma sagrada de presença. Uma escuta viva. Um estado de prontidão amorosa diante daquilo que ainda não se manifestou. O coração fértil é aquele que, assim como o útero, se esvazia de resistências para acolher. A criatividade verdadeira, aquela que transforma, não nasce da mente ansiosa, mas do coração rendido ao tempo da vida. Todas as sementes já foram plantadas pela Fonte. A tarefa agora é permitir que a semente cumpra seu ciclo.
O erro da busca por acúmulo
Existe um engano comum entre os que buscam crescimento interior: achar que o despertar acontece por acúmulo. Mais práticas, mais ferramentas, mais informações. Mas amadurecimento espiritual não nasce da quantidade, nasce da disponibilidade real.
O campo não precisa entender o que está brotando, ele apenas sustenta, aquece, acolhe. Não exige provas apenas confia no processo. Uma alma fértil não é a que corre, é a que repousa com consciência. Não pressiona a flor, mas nutre a raiz. Na vida interior, tudo o que é forçado morre cedo. A transformação real é lenta, sutil, profunda. Exige menos esforço e mais escuta. Menos cobrança e mais presença. Menos querer, mais deixar ser.
O que você busca já está plantado
Grande parte do sofrimento humano nasce da sensação de falta: propósito, direção, pertencimento. Mas e se essa falta for apenas uma distração? E se você já tiver, em alguma camada mais profunda, tudo aquilo que tanto procura?
A maioria das sementes da sua alma já foi plantada. Em algum ponto da sua jornada num silêncio vivido, numa dor atravessada, num amor sentido, algo já entrou em você. O problema não está no que falta chegar. Está no que ainda não teve espaço, tempo ou confiança para germinar. Tornar-se fértil é isso: parar de buscar fora e começar a cultivar o que está dentro. É confiar que sua sabedoria mais alta não virá de uma nova técnica, mas do que o tempo, o silêncio e a entrega revelarão a partir do que já é seu.
Confiança: o adubo invisível do espírito
A semente precisa de escuridão para germinar, o broto precisa da pausa do inverno antes de encontrar o sol, e você também precisa desses ciclos, o problema não é o tempo que a vida leva é a sua impaciência com o ritmo do sagrado. A alma que confia não acelera. Ela respeita o tempo da vida e oferece sua presença como morada para o que está a caminho. Isso é fé. Não no sentido dogmático, mas existencial: fé como espaço vivo para o mistério agir.
Depois de confiar, vem outro desafio: relaxar sem se abandonar. Estamos tão condicionados a vigiar, controlar e provar o tempo todo, que esquecemos o valor de simplesmente estar. Quando foi a última vez que você repousou profundamente em si, sem culpa? Quando ficou quieto o bastante para ouvir o que seu corpo, seu coração e seu espírito estavam dizendo?
Relaxar é um sinal de maturidade espiritual. É entrega com consciência, sem desistência. É soltar a tensão de precisar controlar tudo e abrir-se ao que ainda não tem nome. A terra que mais frutifica é aquela que repousa entre as estações. Assim também é a alma.
“Não é você quem faz a flor brotar. Você apenas cria o espaço para que ela floresça.” Saulo Nardelli
A nova prosperidade: estar inteiro
O mundo diz que prosperar é acumular, a vida, porém, mostra que prosperar é estar inteiro onde você está. Mesmo sem respostas, mesmo sem controle, a verdadeira abundância nasce da presença. Quando você está sincero no agora, quando aceita o hoje com reverência, quando silencia a mente e escuta a alma, isso já é um milagre em processo. Isso já é florescimento.
Você não precisa forçar a vida. Precisa apenas abrir espaço para que ela encontre lugar em você. Quando o coração está aberto, a transformação não precisa pedir licença ela simplesmente acontece. A alma fértil é aquela que não resiste mais ao amor. Mesmo quando ele chega em forma de perda. Mesmo quando vem como silêncio. Mesmo quando fere antes de curar. Porque ela sabe: o amor não explica, ele transforma.
Tudo o que você busca talvez já esteja batendo à porta. Mas não vai entrar enquanto o coração estiver cheio demais, acelerado demais, fechado demais. Pergunte-se com honestidade:
Há espaço em mim para o que desejo ver florescer?
Tornar-se fértil é uma escolha. Uma forma de viver mais devagar, mais fundo, mais inteiro, não se trata de conquistar algo trata-se de permitir que algo o atravesse, e quando isso acontece, a vida não apenas floresce. Ela transforma. Porque florescer, nesse caminho, não é enfeitar, é revelar o que sempre esteve em você.
Uma prática para começar agora
Escolha um momento do seu dia para escutar. Sente-se com presença. Respire profundamente.
Sinta seu corpo como solo. Onde há rigidez? Onde há entrega? Coloque as mãos sobre o peito e pergunte com sinceridade: “O que dentro de mim ainda espera ser acolhido?”
Depois, fique em silêncio. Toque esses lugares com atenção. Essa escuta é o início do florescer. Tornar-se fértil é confiar no invisível, aquecer o solo com amor e deixar que o Divino se revele no tempo certo, com graça e verdade.
🎥 Assista ao discurso completo
Para aprofundar-se nesse ensinamento, assista ao vídeo completo aqui: Escute com presença. Não como quem consome, mas como quem cultiva.
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Em nossos frequentes encontros em Sangha, nosso tutor Saulo traz a nós, em satsangs e darshans, observações sutis das acontecências da vida cotidiana: reflexões, parábolas, contos e histórias – como essa que compartilhamos com você agora.
O QUE É A VERDADE?
Em alguns momentos, quando ainda se encontrava em uma busca interna profunda, Saulo criou o hábito de subir a Serra do Curral, em Belo Horizonte – uma serra bem alta, com seus 1.300 metros de altura.
Todos os dias Saulo subia a Serra do Curral, em uma época em que ainda pairavam em seu mental perguntas como “quem sou eu?” ou “o que estou fazendo aqui?“. Um dia, Saulo desejou entender o que era a Verdade. Decidiu, então, que a cada passo dado na subida da Serra do Curral, ele se perguntaria: o que é a Verdade?
E assim, pôs-se a subir. O que é a Verdade? A cada passo, perguntava a si mesmo: o que é a Verdade?
O que é a Verdade? O que é a Verdade?
Subindo, subindo, subindo. O que é a Verdade? O que é a Verdade? O que é a Verdade?
E subia… O que é a Verdade?
Alguns mil passos e questionamentos depois, Saulo olhou para uma árvore e, então, percebeu por si mesmo sua arrogância. Aquela árvore havia acabado de lhe dar a resposta, e apenas olhar foi suficiente para que percebesse. Ao olhar verdadeiramente para a árvore, compreendeu.
E assim, ao finalmente entender o que era a Verdade, começou a chorar, ao que agora percebia: aquela árvore estava em seu perfeito lugar e evolução.
Aquela árvore não estava tentando ser melhor do que qualquer outra árvore. Aquela árvore não estava querendo se parecer com qualquer outra árvore. Aquela árvore não estava competindo com nenhuma outra árvore.
Não estava tentando ser uma pedra; não estava tentando ser um passarinho. Ela apenas era uma árvore – em seu perfeito lugar e evolução.
Naquele momento, fez-se claro para Saulo o conceito do que é a Verdade. Naquele momento, ele percebeu o quão arrogante havia sido em tentar descobrir o que era a Verdade.
Quem estava querendo descobrir a Verdade?
Para que estava querendo descobrir a Verdade?
E o principal:
Para quem estava querendo descobrir a Verdade?
Assista abaixo ao vídeo completo do Darshan em que Saulo traz a história nesse post.
A partir da observância das acontecências do cotidiano, Saulo traz a nós em darshans e satsangs exemplos reais do dia a dia, para reflexões sutis sobre nossa atual condição contemporânea. Convide a si mesmo a ler a Parábola do Beija-Flor descrita abaixo com os seus olhos que vêem. Permita libertar-se, em toda a completude do seu Ser, das prisões da autoignorância.
A Parábola do Beija-Flor
Aproveitando a época de festas de fim de ano na casa de seus pais, Saulo observa pela manhã, diariamente, seu pai reabastecer a água açucarada de um bebedouro de beija-flor. O bebedouro é colocado de manhã e retirado à noite, a fim de evitar que os morcegos bebam toda a água dos beija-flores.
Pela manhã, diariamente Saulo observa os beija-flores a postos esperando seu pai. Eles voam animados, batendo as asinhas rapidamente, e chegam tão próximos, mas tão próximos, que parecem até já ser de casa. Saulo conta que uma vez chegou a quase encostar em um deles, de tão perto. Quando o bebedouro é colocado, os beija-flores piam descontroladamente em excitação, comemorando mais um dia daquela água maravilhosa à disposição.
Analisando melhor, eles realmente são de casa. Todos os dias pela manhã, são os mesmos dois beija-flores que vêm, pontualmente, aguardar a chegada do bebedouro: um pequenininho, e outro grandão — ambos muito valentes. Assim, temos dois beija-flores, mas somente um bebedouro.
O que esses dois beija-flores fazem durante todo o dia?
Um fica num canto de uma árvore; o outro fica em outro canto de outra árvore — ambos à espreita. Ambos observando: quem é que vai beber a água? Às vezes aparece um bem-te-vi, que adora beber água nesses bebedouros de beija-flor, mas quando ele se aproxima, logo vem um dos beija-flores, dá uma picada nele, ele sai voando espantado. E o beija-flor volta ao seu posto.
E aí, então, vai o beija-flor maior beber a água, quando vem o menor, bate nele, começa uma briga. Vai pra lá, vai pra cá, voa beija-flor pra todo lado. Saulo conta até que uma vez um deles levou uma pancada tão forte que caiu no chão e ficou por um tempo, antes de se recuperar e levantar vôo novamente. Eis que o beija-flor menor se aproxima para beber água, então o grandão vai e puf!
E assim eles ficam durante o todo o dia, até o anoitecer, quando o bebedouro é retirado. No dia seguinte pela manhã, os beija-flores já estão esperando. A água é recolocada novamente, e assim o ciclo se repete.
Perceba, você: dois seres livres. Dois seres, inclusive, que vêm nos visitar para convidar a abrirmos o coração — dois seres metaforicamente responsáveis por essa abertura. Dois seres livres, sem coleira, presos dentro de si mesmos, na falsa ilusão do que é o controle, não aproveitando todas as outras flores disponíveis ao longo do dia, em toda a região.
Dois seres livres, completamente presos dentro de si mesmos, acreditando que aquele é o mundo deles pelo qual eles precisam lutar, zelar, pois acreditam que aquela é a fonte que vai trazer completude a eles. E ainda lutam por um sistema fracassado, insustentável, sobre o qual eles não têm controle algum, e que ainda os envenena diariamente.
Dois seres livres, presos dentro da autoignorância, que faz com que eles não percebam o mundo inteiro de liberdade ao seu redor. Em darshan, Saulo traz a pergunta que agora trago a você:
Qual é o seu bebedouro que não permite a você, mesmo tendo asas, voar?
A Parábola do Beija-Flor foi trazida em sangha no Darshan abaixo, em que muitas outras reflexões vieram a partir da observação dos beija-flores. Assista abaixo, ou clique aqui para ser redirecionado ao YouTube.
Gostaríamos de ter você conosco nos próximos darshans, via Zoom. Entre em contato e vamos juntos ser Luz!
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